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06.04.2020

Mercado Imobiliário: desafios, oportunidades e perspectivas para o futuro

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Mercado Imobiliário: desafios, oportunidades e perspectivas para o futuro

As medidas de contenção do Coronavírus, adotadas por estados e municípios, têm influenciado diferentes setores da economia. O mercado imobiliário, além de ter que administrar os efeitos da crise, também busca se adequar ao novo cenário para continuar atuante, enquanto encara perspectivas de mudanças tanto na oferta quanto na demanda por imóveis.

Vendas


Se por um lado os negócios que já estavam em andamento garantiram as vendas no mês março, por outro, a expectativa é que haja uma redução nos próximos meses. A cautela deve imperar no processo de compra de imóveis por parte daqueles que agora não se sentem seguros o suficiente para assumir dívidas de médio a longo prazo. Em contrapartida, quem ainda possui uma certa tranquilidade financeira pode aproveitar o momento para antecipar sua jornada de compra, seja pesquisando, fazendo comparações ou simulando financiamentos.

Isso porque, segundo o diretor executivo da Bortolini Imóveis, Ricardo Bortolini, mesmo com impactos na economia, o cenário continua favorável à aquisição de imóveis. “O que mudou foi o poder aquisitivo das pessoas, mas as taxas que já estão muito baixas devem permanecer por um bom tempo, assim como as linhas de crédito, abundantes para o mercado imobiliário”. Para aumentar a confiança de quem está disposto a comprar imóveis nesse período, as imobiliárias também estão flexibilizando condições contratuais, incluindo uma cláusula específica para o cenário atual (Cláusula Covid-19). Nesse caso, se ambas as partes concordarem, o comprador pode ter um prazo maior para desistir da compra, sem que haja incidência de qualquer ônus.

 

Locações


Em Passo Fundo, a locação de imóveis também se manteve aquecida no mês de março, pelo menos até o fechamento do comércio. A manutenção dos números se deu principalmente pela movimentação de estudantes, ainda comum nesta época do ano. A partir de agora, a expectativa é que a procura diminua, mas longe de se esgotar. “A moradia sempre vai ser uma necessidade básica. Quem não tem a possibilidade de adquirir o próprio imóvel encontra no aluguel sua única alternativa. O que pode acontecer agora é aumentar a procura por imóveis mais baratos, que possam ajudar as pessoas a se manterem durante um período de maior dificuldade financeira”, esclarece.

Para Bortolini, as locações comerciais ainda devem sofrer maior impacto a partir do mês de abril, com aumento no número de rescisões, encaminhadas principalmente por micro e pequenos empreendedores. Segundo ele, outra atenção especial deve ser dada às negociações de pagamento ou reajuste do aluguel, que exigem moderação de ambas as partes. “É dever da imobiliária intermediar as negociações entre inquilinos e proprietários, para que possam chegar a um consenso. Não existe determinação legal isentando o pagamento do aluguel, por isso cada caso deve ser avaliado individualmente”. Bortolini ainda afirma que 98% dos proprietários têm de 1 a 3 imóveis e dependem do aluguel para complementar suas rendas. “A situação é desfavorável para todo mundo, por isso o bom senso e a empatia devem prevalecer acima de qualquer coisa”, opina.

 

 

Tendências


Mesmo administrando as mudanças imediatas, o mercado já desenha algumas tendências em relação ao consumo de imóveis. Ricardo Bortolini acredita, por exemplo, que as negociações informais, feitas diretamente com proprietários, não terão mais espaço, principalmente na locação. “É em momentos de crise que podemos perceber a diferença entre quem aluga ou não por uma imobiliária. Tanto proprietários, quanto inquilinos estão cobertos por garantias e podem recorrer a elas em momentos de dificuldade financeira. Com o seguro fiança, por exemplo, o aluguel é coberto por 30 meses em caso de inadimplência”, comenta.

Coincidência ou não, a procura por casas e apartamentos com sacada tem aumentado bastante. Com o isolamento social as pessoas estão mudando seus hábitos, a forma com que se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem. Mudanças essas que consequentemente tendem a refletir no consumo de bens e serviços, incluindo a compra e locação de imóveis. “O que estamos vivendo hoje com certeza trará grandes transformações no comportamento das pessoas e os imóveis mais espaçosos, com sacada e maior aproveitamento de áreas ao ar livre, podem voltar ao foco com mais intensidade”.

 

 

Mudanças comportamentais e tecnológicas


Na tentativa de manter a roda girando, muitos negócios tradicionais tiveram que se adaptar a uma nova realidade, onde neste momento, o consumo só é possível, em sua maioria, no ambiente digital. Com o mercado imobiliário não poderia ser diferente. Neste caso, mesmo a oferta de um bem tangível não impede a digitalização do processo do início ao fim.

Há duas semanas a Bortolini Imóveis trabalha com o novo formato e já contabiliza negócios de compra e locação digital. Na imobiliária, todo o processo já foi adequado, desde o atendimento ao cliente, passando por etapas tradicionais como a própria visita aos imóveis, até a formalização dos contratos. Ricardo Bortolini acredita que a crise atual só antecipou a adaptação a um futuro inevitável. “O que estamos adotando no mercado imobiliário de Passo Fundo já é realidade há muitos anos em outras cidades. De uma vez por todas, consumidores e imobiliárias vão precisar se adaptar para comprar, vender e alugar imóveis pela internet”.

No caso da Bortolini, muitas alternativas já existiam e precisaram apenas ser reforçadas. Com a equipe trabalhando no sistema home office, o atendimento online foi concentrado no Facebook, Instagram, site, e-mail, telefone e Whatsapp. As visitas continuam disponíveis, mas também são realizadas de forma virtual. Após serem agendadas pelo site, um profissional vai até o imóvel de interesse e transmite toda a visita, ao vivo, através de videochamadas nos aplicativos que o cliente preferir. Com a decisão tomada, os documentos podem ser digitalizados e enviados via sistema para a imobiliária, que dará continuidade ao processo totalmente de forma digital, incluindo a formalização do contrato de compra e venda ou locação, que também é assinado digitalmente. “A validade jurídica da assinatura digital é a mesma dos contratos assinados manualmente. Nossos clientes não precisam se preocupar quanto a isso, pois é um procedimento ao qual já estamos adaptados”, assegura Ricardo Bortolini. A entrega das chaves também foi repaginada pela imobiliária para atender a nova demanda. Agora as chaves são enviadas por de tele-entrega, sendo devidamente higienizadas e lacradas.

Para o diretor executivo, é hora das imobiliárias se reinventarem. “Nosso setor é responsável pela movimentação de muitos outros segmentos e muita gente também depende dele. Por isso, não é hora de parar. Essa é uma adaptação que depende da colaboração de todos. Os clientes vão precisar se adaptar ao atendimento online e as imobiliárias vão precisar oferecer espaço para isso”.

 

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