Entrar Área para sua lista de imóveis desejados, acionar alertas de interesse e conhecer melhor nossos serviços.

06.08.2019

FGTS: novas regras de saque prejudicam o mercado imobiliário?

Compartilhar

FGTS: novas regras de saque prejudicam o mercado imobiliário?

Mais de 50 anos após sua criação, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ganha novas regras que prometem expandir o uso da reserva, que há algum tempo também é utilizada para a aquisição de imóveis. Se por um lado a liberação de saques anuais movimenta a economia estimulando a quitação de dívidas e o consumo de bens e serviços, por outro divide o setor imobiliário entre os que temem o enfraquecimento do Sistema Financeiro de Habitação e os que consideram as novas medidas positivas.

Com um calendário recém lançado, a área econômica do governo espera que os saques imediatos, programados para começarem ainda neste ano, possam beneficiar cerca de 96 milhões de trabalhadores, sendo que 23 milhões podem utilizar o dinheiro para quitar suas dívidas. Além do saque de até R$ 500 por conta ativa e inativa, será implantado a partir do próximo ano o saque-aniversário, com saques parciais realizados anualmente. O trabalhador que optar pela modalidade, receberá a partir de 2020 um percentual de seu saldo que ainda pode ser acrescido por uma parcela adicional caso ultrapasse R$ 500.

As grandes dúvidas do setor imobiliário, no entanto, giram em torno da disponibilidade de recursos utilizados por programas de habitação e de uma possível queda na aquisição de imóveis por meio do FGTS, visto que atualmente é utilizado de forma bastante abrangente no segmento. Para a manutenção do Minha Casa Minha Vida, por exemplo, os recursos do fundo de garantia são fundamentais. Isso porque atualmente são eles que subsidiam a construção e aquisição de imóveis pelo programa que historicamente tem movimentado a construção civil, mesmo em períodos de crise econômica.

Além de ser utilizado para a entrada ou pagamento total de imóveis residenciais, o FGTS também é opção para quem deseja abater parte do saldo devedor, liquidar sua dívida ou reduzir o valor das parcelas de financiamentos enquadrados no SFH. Opções essas que, a partir dos saques disponibilizados pelo governo, passam a dividir os planos dos cotistas.

Por outro lado, instituições como a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) vêm a liberação de forma positiva, tanto pelo baixo percentual a ser disponibilizado (menos de 10% do total) quanto pela manutenção dos depósitos no período em que o trabalhador estiver empregado que continuarão alimentando o saldo. Ainda segundo o presidente da associação, Gilberto Duarte de Abreu Filho, para ajudar o cenário econômico que tem se mostrado positivo, com juros baixos e inflação controlada, \"falta o consumidor ganhar confiança e sentir no dia a dia dele que tem mais dinheiro no bolso e estabilidade\".

Também não se pode negar que a possibilidade de sacar parte do FGTS todo ano, gera maior autonomia para que os trabalhadores possam dar um melhor destino à reserva. Principalmente porque, de fato, o FGTS possui um rendimento inferior se comparado às demais formas de investimento (3% ao ano + TR). Então mesmo que a intenção seja utilizar o dinheiro para uma aquisição futura, sacar para destiná-lo a opções mais rentáveis pode continuar ajudando na concretização dos planos.

Adicionar Comentário

Artigos Relacionados

Bortolini Imóveis entre as Marcas mais Lembradas do Rio Grande do Sul

Bortolini Imóveis entre as Marcas mais Lembrad...

Começa a Black Days da Bortolini Imóveis

Começa a Black Days da Bortolini Imóveis

GeoCuritiba: a plataforma de dados que desburocratiza o mercado imobiliário

GeoCuritiba: a plataforma de dados que desburo...

Descubra como os imóveis podem garantir sua aposentadoria

Descubra como os imóveis podem garantir sua ap...